"Os gatos sabem como obter comida sem esforço, abrigo sem confinamento e amor sem castigo."
(W.L.George)

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[sexta-feira, junho 02, 2006]

Filhotes

Gatos filhotes são criaturas ingênuas e masoquistas. Não têm nem um pingo da majestade que apresentam na idade adulta. Geralmente são até feios, com orelhas enormes e cabeças pequenas, magrelos e alguns dos que pegamos das ruas parecem que saíram do inferno mesmo. Geralmente são assustados, escondem-se de tudo em qualquer lugar. São carentes e procuram qualquer lugar quentinho pra dormir, mesmo que esse lugar seja em cima da sua cabeça, no seu pescoço ou dentro do motor da geladeira.

Assim é a Raiona Liona, minha atual companheira de aventuras que trouxemos de Ubatuba pra Sampa. E ela veio durante toda a viagem no maior sossego, no meu colo, no final de um feriado prolongado. Quando meu namorado me deixou no meu apartamento e foi sozinho com a gata para a casa dele, ela o batizou e ao seu carro com uma bela diarréia assim que saíram do estacionamento do meu condomínio. E no fim de semana seguinte havia outro feriado prolongado, resolvemos levar a gata junto para não deixá-la sozinha por três dias. A viagem de ida e volta foi tranqüila, até que ele me deixou de novo no meu prédio e a batizada se repetiu. Quando ele me contou, eu rolava de dar risada, mas aposto que se fosse comigo eu não acharia a menor graça.

A Raiona era um pedaço cor de laranja de carência e magreza. Quando a levamos para dentro da casa de praia, não tínhamos nada que servisse pra ela comer, apenas nozinho de queijo na geladeira. Foi o que eu ofereci e ela comeu como se fosse carne crua e fresca. Fomos comprar ração e ela ficou com a gente. Está conosco ainda e conforme ela cresce se torna cada vez mais altiva, mais fresca e mais gata. Continua muito carinhosa e carente, talvez pelo fato de trabalharmos o dia inteiro e ela ficar sozinha.

Datinha é uma gatinha preta que mi madre pegou para fazer companhia para o Koji desde que roubaram a Derri. Filhotinha de tudo, bem pequena, cara de morcego, orelhas enormes, magrela, assustada e muito carente. E não desgruda do meu sobrinho de dois anos. Talvez pelo fato de que ele cheire a leite e biscoito, talvez porque o mau gosto impere. Ele judia dela, chuta, aperta, amassa, beija, morde. E ela continua o seguindo pra todo lado. Dizem que os gatos enxergam a aura das pessoas, como a tal terceira visão que os lamas tibetanos afirmam ter. Vai ver que é isso, ela enxerga o quanto ele é especial...



por Lia Drumond * 3:38 da tarde


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